E recebereis poder (Pequenas Reflexões - Parte III)



E recebereis poder...

Poder! Quem o deseja? Quem deve o ter na mão? 

Existem duas formas de receber o poder: através da forma legítima, a qual uma pessoa precisa deste direito e capacidade para sobreviver e aquela que rouba desta pessoa. Fora dessas formas, não tem como ter poder, pelo menos da parte de Deus. Ele jamais concede poder para os sãos, pois a sabedoria de Deus é feita para confundir, para os loucos, doentes, para a margem, aos pequeninos. 

E recebereis poder...

A gente só entende a necessidade real e espiritual de poder quando estamos em vulnerabilidade. A coragem para tocar nas vestes de Jesus só dá pela extrema fragilidade daquela pessoa. Quando somos fracos, aí somos fortes.

E irá descer o espírito, em grego paracletos que significa o que vem para quem o chama. Mas chamar mesmo, clamar, como os discípulos perseguidos, confusos com a situação de Jesus que ascendeu. A instabilidade nos convoca a querer poder, poder real, poder de viver a vida que Deus quer: justa, corajosa, em paz.

Controle e domínio não combinam com poder de Deus. O poder de Deus é outro. É o de falar coisas que você nunca teria coragem de falar, de entrar na língua do mundo, ser alguém na sociedade apesar das margens.

Glossolalia: falar línguas estranhas. Porque Pedro, um pobre judeu que negou a Jesus não tinha capacidade de falar a língua das boas novas. Mas, em poder, consegue.

E nós conseguimos, em humildade e fragilidade. Precisamos do seu poder, Senhor!

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