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Mostrando postagens de outubro, 2016

Religião e Infância parte II - Sua igreja é pedófila

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(Exposição "As crianças intocáveis" de Erik Ravelo)  Em 2009 foi bastante divulgada a reportagem da menina de 9 anos que estava grávida de gêmeos. Pobre, moradora de Alagoinha, interior de Pernambuco, era estuprada há anos pelo padrasto assim como sua irmã, de 14 anos, deficiente física. O caso fez bastante sucesso porque se enquadrava num caso que a justiça brasileira teria o direito de conceder o aborto seguro: risco de vida da gestante e estupro. E, de fato, ela o fez com aceitação da mãe que estava bastante abalada com o caso por não saber dos abusos cometidos pelo companheiro. Porém, não bastasse o caso ser difícil por si só, o Arcebispo de Pernambuco – Dom José Cardoso Sobrinho - logo após a realização do aborto comunicou diretamente a imprensa que todos os adultos envolvidos no aborto e a menina estavam excomungados da Igreja Católica . O argumento do Arcebispo para essa condenação tão rápida foi que “isso aconteceria a qualquer um que realizasse aborto”

Religião e infância parte I – Fé (como) das crianças.

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“[...] quando os antropólogos dizem, por exemplo, que o ritual simboliza algo, estão partindo de um pressuposto adultocentrico, na medida em que a experiência das crianças com relação ao ritual é totalmente diferente [...]” (PIRES, 2010, p.157) Estou desejosa de falar sobre religião e infância há muito tempo. Porém, por incrível que pareça, sabe-se muito pouco acerca do tema e comenta-se pouco da necessidade de falar sobre isso. Sim, necessidade. Afinal, vivemos num país com uma população de 24,2% de crianças até 14 anos e que possui uma base religiosa fortíssima (92% possui alguma religião professa), sem que isso sequer seja citado. Nossa mentalidade é tão adultocêntrica que vivemos como se nós fossemos os protagonistas do mundo, capazes de escolher, de tomar responsabilidades enquanto crianças são seres secundários. Da mesma forma com a religião. A segunda parte desse post será especificamente sobre a relação de crianças com as igrejas, porém neste quero

Religião e infância parte I – Fé (como) das crianças.

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“[...] quando os antropólogos dizem, por exemplo, que o ritual simboliza algo, estão partindo de um pressuposto adultocentrico, na medida em que a experiência das crianças com relação ao ritual é totalmente diferente [...]” (PIRES, 2010, p.157) Estou desejosa de falar sobre religião e infância há muito tempo. Porém, por incrível que pareça, sabe-se muito pouco acerca do tema e comenta-se pouco da necessidade de falar sobre isso. Sim, necessidade. Afinal, vivemos num país com uma população de 24,2% de crianças até 14 anos e que possui uma base religiosa fortíssima (92% possui alguma religião professa), sem que isso sequer seja citado. Nossa mentalidade é tão adultocêntrica que vivemos como se nós fossemos os protagonistas do mundo, capazes de escolher, de tomar responsabilidades enquanto crianças são seres secundários. Da mesma forma com a religião. A segunda parte desse post será especificamente sobre a relação de crianças com as igrejas, porém neste quero