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Mostrando postagens de maio, 2021

Um minuto

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Hoje o céu acordou pálido, Estranhamente pálido. Meu sono incerto faz com que as lágrimas nem o júbilo existam, Sentimento antigo que tinha deixado se perder - Deixei perder porque tinha um vagalume ao meu lado. Posso viver sem ele? Posso. Quero viver sem ele? De modo algum. Sinto falta de seus dedos entrelaçados nos meus, Do seu sorriso, da nossa paz. Parece que em um minuto isso se desfaz e eu me vejo ali: Só, sem meu vagalume. Dá para viver só? Dá. Quero viver só? De jeito nenhum. Que saudade dele! Mesmo que tenha sido umas horas, poucos segundos, Alguns silêncios, nenhum beijinho. Parece que esse pouquinho conseguiu tirar toda a luz que tinha ao redor. Sei que não é eterno, mas que falta faz. Uma respiração longe é como se a morte tivesse vindo, Não vejo seu peito se mover perto de meu ouvido. Então dói. Será que eu sou patética por estar apaixonada? Por quem eu sempre amei e irei de amar? Não importa, sinto tristeza. Eu só quero acaric

Setembro

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Recentemente li um poema, cujo nome era Novembro. As redes sociais me puxaram para dentro desse abismo, como se ouvissem a voz da minha sombra, E como uma espada as palavras transpassaram por mim. Uma chaleira, um mês, três sílabas e um lençol. Ainda doi. Com frequência me perguntam do porquê de lembrar tanto, afinal hoje sou tão mais feliz do que ontem.  Talvez seja porque se você já morreu antes,  a memória nunca vá embora. Posso viver pelo resto de minha vida,  Posso até morrer novamente, Mas eu sempre lembrarei das vezes em que morri: Julho de 2007 Julho de 2012 e, principalmente, 19 de novembro de 2017. Com frequência me perguntam do porquê de ter ainda essas mortes dentro de mim, mas na verdade eu as tenho como marcos de vida; nunca se morre para sempre. É estranho pensar que a primavera vem mesmo depois da morte,  e curioso ver que sempre foi assim para mim. Talvez seja por isso que eu desisti de esquecer.  [Não foi por falta de tentativas] A verdade é que cicatrizes vão sempre