Setembro



Recentemente li um poema, cujo nome era Novembro.
As redes sociais me puxaram para dentro desse abismo, como se ouvissem a voz da minha sombra,
E como uma espada as palavras transpassaram por mim.
Uma chaleira, um mês, três sílabas e um lençol.
Ainda doi.

Com frequência me perguntam do porquê de lembrar tanto,
afinal hoje sou tão mais feliz do que ontem. 
Talvez seja porque se você já morreu antes, 
a memória nunca vá embora.
Posso viver pelo resto de minha vida, 
Posso até morrer novamente,
Mas eu sempre lembrarei das vezes em que morri:
Julho de 2007
Julho de 2012 e, principalmente,
19 de novembro de 2017.

Com frequência me perguntam do porquê de ter ainda essas mortes dentro de mim,
mas na verdade eu as tenho como marcos de vida;
nunca se morre para sempre.
É estranho pensar que a primavera vem mesmo depois da morte, 
e curioso ver que sempre foi assim para mim.
Talvez seja por isso que eu desisti de esquecer. 
[Não foi por falta de tentativas]

A verdade é que cicatrizes vão sempre existir quando eu olhar pela janela do apartamento,
Mas não significa que a paz vai sair de minha casa. 



Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.
Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes.
Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres.
Traze-nos outra vez, ó Senhor, do cativeiro, como as correntes das águas no sul.
Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.
Salmos 126:1-6 



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