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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Como (des)conhecer a Deus

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[Uma representação da Trindade possível] No movimento estudantil cristão em que faço parte, nós usamos um material que nos ajuda a captar como a pessoa que estamos evangelizando está em relação a fé dela chamado Conecta. Trata-se de um jogo de fotos a qual a pessoa escolhe de acordo com a forma que ela deseja responder as perguntas que fazemos. E nesse jogo existem três perguntas principais: Quem é Deus para você? O que você já viveu espiritualmente na sua vida? E o que você desejaria viver? A partir disso, construímos pontes entre o que acreditamos e o que eles já possuem de fé a fim de haja um objetivo final – conhecer a Deus. E conhecer a Deus é muito simples para quem deseja o Deus cristão. Não faltam materiais das mais diversas categorias de como o fazer. Um bem simples e direto é o das Quatro Leis Espirituais. Deus ama o ser humano, porém esse decide pecar. E, como o ser humano não consegue chegar a Deus, Jesus teve que vir salvar. Só que saber isso não é suficient

Existe feminismo sem as religiosas?

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[Rute e Noemi, daquelas sororidades mais antigas conhecidas] Durante uma noite de supervisão do estágio, ouvi de uma colega feminista que faz parte do mesmo grupo de trabalho que eu que havia entrado muitos evangélicos na nossa faculdade, de psicologia. Ela falou isso enfatizando o caráter retrógrado desse grupo religioso e contou-me de uma caloura, recém chegada à faculdade, evangélica, que destilava machismo e homofobia em suas opiniões. E, com muito orgulho, minha colega de estágio disse que fizeram uma pressão tão grande contra essa menina por suas ideias que ela saiu da faculdade. Essa conversa me afetou profundamente, não porque concorde com qualquer discurso opressor, porém porque esta tirou o espaço numa faculdade pública de uma menina de uma classe social pobre. Uma irmã da minha fé. Alguém que ouviu algo contra aquilo que a constituía como pessoa, dentro da faculdade de psicologia e teve que sair. E dificilmente uma menina dessas um dia se tornará feminista. Outra

Conto: O nome do Éden

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[O beijo do Klimt para ilustrar meu conto]      Sono de uma noite mal dormida, uma cama que não era minha, talvez fosse essas as experiências mais próximas do que eu estava agora. Dias passados que não lembraria mais. Um local diferente, com cores jamais vistas, animais livres, natureza exuberante e uma multidão de pessoas nuas, de peles incríveis, naturalidade contagiante. Quando acordei, vi todo esse quadro exuberante, que provavelmente passei alguns minutos só observando tanta beleza junta.Por último, me percebi: uma mulher nua, cheia de terra por cima, com o meu corpo do jeito que sempre sonhei. Mas... Quem sou eu? Dificilmente conseguiria explicar o que senti. Eu tinha certeza de que era eu , me identificando, mas não conseguia recordar absolutamente nada. Tentei lembrar-me durante algum tempo, sem o menor sucesso até eu perceber que uma pessoa, outra mulher, estava me olhando, como se esperasse para falar comigo, rindo-se sozinha ao analisar minha situação.