Catarina Mattei, mulher segundo o coração de Jesus. - Em blogs parceiros IV
O Senhor está perto de todos os que o invocam /De todos os que o
invocam sinceramente.
Salmos 145.18
Há cerca de cinco meses comprei
um livro que recomendo a todas chamado O Livro das Santas, da autora Sarah
Gallick, uma autora americana que decidiu fazer um devocionário com uma santa
por dia. Diferentes dos comuns devocionários católicos, este conta a vida das
mulheres e dá um parâmetro do quanto estas foram importantes para a época,
acompanhado de um versículo bíblico que inspirou esta mulher. E, sem sombra de
dúvida, fiquei fascinada por estas mulheres, tendo cada vez mais raiva do nosso
contexto religioso por nunca ter apresentado a mim – mesmo eu tendo estudado
durante anos em instituições católicas.
“Por que nunca me contaram que
houveram mártires mulheres na china e no japão?”, “Por que nunca me contaram
destas maravilhosas mulheres que criaram instituições de educação e
hospitais?”, “Por que nunca me falaram que havia a possibilidade de mulheres
terem intimidade com Deus de um modo tão extravagante?”, “Incrível o relato de
mulheres que tiveram a experiência mística de serem transportadas ao dia do nascimento
de Jesus! E não foi só uma!”, “Você sabia que o feriado de Corpus Christi foi
uma data que uma mulher pediu ao papa?”. Mulheres que discutiram teologia,
mulheres que fugiam de casamentos não-cristãos para seguir a Deus, mulher
tantas que eu me atordoo de espanto, alegria e de tristeza por não ter
conhecido antes.
E dentre estas todas, uma me
moveu profundamente que é a Catarina Mattei, que ficou conhecida como Beata
Catarina (1480-1547) pelo povo que a conheceu, porém jamais foi reconhecida
pelo Vaticano como santa. Esta mulher simplesmente nos seus cinco anos recebeu
uma revelação de Nossa Senhora de que Cristo desejava seu coração.
Esta teve contato direto com
Jesus quatro vezes em vinte anos e Jesus era tão apaixonado por ela que conta a
lenda que Ele ficou com seu coração por 45 dias, por tanto amar esta mulher.
Graças a estes muitos dias com seu coração elevado, ela conta ter visto o céu,
o inferno e o purgatório, tendo conversado diretamente com anjos e santas.
Nessa viagem, ela escreveu em seu coração uma frase: “Jesus, minha esperança.”.
Contextualizando, Catarina era
uma camponesa, jamais foi uma freira ou religiosa e morreu sendo uma simples
tecelã que era. Esta sequer sabia onde era o coração, porém, a partir do
conhecimento dado pela experiência mística, esta não só descobriu como se viu
aberta para as diversas experiências religiosas que iriam acontecer em sua
vida. Conta sua história de que esta teve depressão e por sete dias desejou se
matar. Posteriormente a sua melhora, a inquisição a perseguiu sendo acusada de
heresia e bruxaria, tendo no fim de sua vida a absolução.
Que vida simples e maravilhosa!
Uma inspiração de amor profundo que todas nós precisamos. Enquanto a reforma
protestante e todas as guerras perpassavam a Europa, esta simplesmente se
entregou em amor, independente da instrução.
Quantas Catarinas você conhece?
Mulheres de vida comum que são profundamente amadas por Jesus? Quantas
desprezamos a experiência simplesmente por não serem grandes referências
espirituais? Que aprendamos com Cristo e Catarina que Deus está perto de quem o
invoca sinceramente.
Publicado em : Projeto Redomas
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