Um minuto
Hoje o céu acordou pálido,
Estranhamente pálido.
Meu sono incerto faz com que as lágrimas nem o júbilo
existam,
Sentimento antigo que tinha deixado se perder -
Deixei perder porque tinha um vagalume ao meu lado.
Posso viver sem ele? Posso.
Quero viver sem ele? De modo algum.
Sinto falta de seus dedos entrelaçados nos meus,
Do seu sorriso, da nossa paz.
Parece que em um minuto isso se desfaz e eu me vejo ali:
Só, sem meu vagalume.
Dá para viver só? Dá.
Quero viver só? De jeito nenhum.
Que saudade dele! Mesmo que tenha sido umas horas, poucos
segundos,
Alguns silêncios, nenhum beijinho.
Parece que esse pouquinho conseguiu tirar toda a luz que
tinha ao redor.
Sei que não é eterno, mas que falta faz.
Uma respiração longe é como se a morte tivesse vindo,
Não vejo seu peito se mover perto de meu ouvido.
Então dói.
Será que eu sou patética por estar apaixonada?
Por quem eu sempre amei e irei de amar?
Não importa, sinto tristeza.
Eu só quero acariciar de levinho meu pequeno vagalume,
Me perdoar e te perdoar.
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