Branquitude, vida e Teologia
Eu tenho pensado nesse texto há alguns meses. Toda vez que começava a escrever pensava no quanto este seria falho e o quanto era capaz de estar prejudicando alguém. E, sendo mulher, tinha medo de me tornar aquilo que eu mais odeio: um ser como o feministo, a esquerdobranca, que quer passar por cima dos debates de negritude achando que está fazendo algo de bom. Tento me apegar a uma frase que ouvi a qual diz: “o racismo é algo criado pelos brancos então eles que se virem de resolver.” E foi o pontapé iniciar. Falar de branquitude, vida e teologia é o propósito final de uma sequência longa de pensamentos, a qual vai vendo que cada vez o buraco é mais embaixo. Na época de natal, dezembro, eu fiz uma coisa que sempre quis: comprar um presépio. Sempre gostei de iconografias, cruzes e símbolos religiosos e faço coleção a fim de melhorar minha fé: tenho uma cruz contemporânea, uma imagem de cristo latino-americano de 1970, de uma igreja perseguida no oriente médio a qual c...